O “Setembro Amarelo” é uma Campanha internacional trazida ao Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O objetivo principal é a prevenção ao suicídio e a defesa da vida. O motivo pelo qual a campanha é feita esse mês é que no dia 10 é comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao suicídio, mas as ações são contínuas.

Os nossos associados, enquanto profissionais de Segurança Pública, fazem parte de uma das profissões com maior tendência ao suicídio, pois eles são os que mais sofrem tensão no trabalho, por estarem constantemente expostos ao perigo e agressões, no enfrentamento de situações de conflito que demandam sua pronta intervenção. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade policial é caracterizada como insalubre, perigosa e geradora de imenso estresse pelo período de contínuo esforço físico e da exigência de raciocínio e boa saúde mental.

Com relação aos agentes de segurança de todo o Brasil, em 2017 foram registrados 28 casos contra 67 em 2018 (alta de 140%). O número inclui suicídios e homicídios seguidos de suicídios (quando a pessoa assassinou alguém antes de se matar). O levantamento, coordenado por Dayse Miranda, doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), inclui profissionais da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Além dos suicídios consumados, também houve aumento na tentativa de suicídios. Em 2017, houve seis registros. Em 2018, 14.

O especialista em Direitos Humanos e mestrando em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (UFC), major bombeiro militar, José Edir Paixão de Sousa, em parceria com a psicóloga Débora Tonet, elaborou um estudo sobre as taxas de suicídio da Policia Militar do Ceará. Segundo ele, se comparado a população cearense o policial militar tem risco de suicídio cinco vezes maior. As pesquisas indicam que durante o ano de 2000 e 2014, foram registrados 49 casos de agentes, uma média de três suicídios por ano.

De acordo com a psicóloga Débora Tonet, responsável por acompanhar os nossos associados com atendimento psicológico, o trabalho com quem quer se suicidar é multidisciplinar, por envolver a psicoterapia e a psicologia. Segundo ela, o tratamento para depressão deve ser feito em conjunto: terapia, psiquiatria e medicamentos, além do auxílio dos familiares que é crucial no processo. A primeira característica é a perda de concentração, de foco e de sentido na vida, enfatizou a psicóloga.

LOCAIS DE AJUDA:

Centros de Atenção Psicossocial – CAPS: (85) 3105-1119 / (85) 3452-1960;

Centro de Valorização da Vida – CVV: 141 / (85) 3257-1084;

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará: 193;

Hospital de Saúde Mental de Messejana: (85) 3101-4348;

Programa de Apoio a Vida – PRAVIDA/UFC: (85) 3366-8149 / 98400-5672;

Instituto Bia Dote: (85) 3264-8864 / 99842-0403.

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