CASO DE ESTUPRO EM UNIDADE PRISIONAL REVELA FALTA DE NORMAS RÍGIDAS EM DIAS DE VISITAS
O que a população cearense não sabe é que a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) libera todas as alas dos presídios nesses dias, entrando menores de idade. Quando falamos “todas” as alas, estamos incluindo as que estão os bandidos de “crimes sexuais”.
Hoje o Sistema carcerário do Estado do Ceará passa por uma das piores crises e entre os principais problemas podemos destacar o descaso com os agentes penitenciários, que trabalham em instalações insalubres, inseguras, falta de contingente profissional de trabalho (se levarmos em conta a população carcerária), superlotação das unidades, alimentação estragada, falta de equipamentos e eles ainda lidam com as diretrizes errôneas dos gestores públicos.
O Estado do Ceará, deste início de 2018, vem sendo palco de eventos violentos, como a chacina no bairro Cajazeiras e a morte de dez internos presos na cadeia pública de Itapajé. Estes episódios trazem à tona alguns desafios recorrentes à gestão da Segurança Pública: necessidade de melhorias no sistema prisional, fim das cadeias públicas e a construção de presídios regionalizados.
É muito cômodo para o Governo e para a opinião pública culpar os agentes penitenciários, no caso do último sábado. O que queremos deixar claro é que os agentes seguem as normas estabelecidas pela Sejus e seus dirigentes. O discurso de que o preso não pode perder o vínculo familiar não pode se sobrepor à proteção da criança e do adolescente.
Necessitamos sim de melhorias urgentes no nosso sistema prisional, incluindo a valorização dos profissionais e normas mais rígidas com relação às visitas, para que a culpa não caia na parte mais frágil: os agentes penitenciários que já sofrem com o total descaso da Sejus!