Mais de três meses de espera e o governo do estado, no último dia 31 de janeiro, liberou finalmente o pacote de “valorização dos profissionais da segurança pública”, um verdadeiro afronte aos policiais e bombeiros militares que atuam cotidianamente defendendo a sociedade cearense.

Em primeiro lugar, ressaltamos que a tabela apresentada não vai de acordo com que as associações propuseram (confira a tabela proposta: Tabela FUASMECE), pelo contrário, com exceção de soldado, tenente coronel e coronel, nenhuma outra graduação ou posto obterá a reposição inflacionária do ano passado. Outra questão importante: foi sugerido que a reestruturação seria de acordo com a graduação e posto. Temos como exemplo o subtenente no Ceará. Ele recebe um pouco mais que a metade do salário de um subtenente do Rio Grande do Norte, que é de R$ 9.196,00. Aqui no Ceará, um subtenente está recebendo R$ 5.619,05. O dito “aumento”, será parcelado em quatro vezes, findando em dezembro de 2022, fazendo com que a perca salarial seja ainda maior.

O Ceará é um dos únicos entes federativos que tem superávit, paga suas contas em dias, mas que não remunera de maneira eficiente e coerente seus servidores públicos, em especial os agentes da segurança pública, que contribuíram e contribuem para a diminuição dos crimes no estado. Salientamos que em 2019, o estado fechou o ano com uma redução de 50% no número de mortes violentas se comparado com o ano anterior.

É preciso divulgar de maneira correta os valores para que a sociedade não seja enganada, haja vista que a Polícia Militar é a última barreira de proteção da população, garantindo assim a democracia em nosso estado.