NOTA DE SOLIDARIEDADE: UM GRITO DE SOCORRO NÃO COMPREENDIDO
A Associação dos Profissionais da Segurança (APS) lamenta profundamente a morte do policial militar do estado da Bahia, Wesley Soares Góes, que apresentou possível surto psicótico e foi alvejado no último domingo, 28, por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), na região do Farol da Barra, em Salvador (BA).
Sabemos que a atividade profissional é vinculada a questões de cobrança institucional, disciplina rígida, risco devido à função, fazendo com que essa categoria tenha um alto grau de vulnerabilidade à produção de sofrimento psíquico, além da pressão de ser policial em um dos países mais violentos do mundo. Por isso, a cada ano aumenta o número de policiais que têm adoecido mentalmente, um resultado de décadas de omissão.
Lamentamos profundamente o que aconteceu com o SD Wesley e nos solidarizamos com o sofrimento anônimo de inúmeros militares que não têm o suporte necessário. Atualmente, há uma enorme precarização quando o assunto é assistência psicológica. Por diversas vezes, o militar, busca alternativa fora da Instituição para encontrar alívio e consolo, já que os psicólogos que atendem pelo Estado são poucos.
Através desta nota, a APS demonstra sua solidariedade pela morte do SD Wesley, que deu um grito de socorro e não foi compreendido, pagando assim com a própria vida. Que Deus conforte o coração dos familiares e amigos do policial, neste momento tão doloroso e difícil.
Descanse em paz, guerreiro!
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