Devido avanço das barracas da Praia do Futuro e a precariedade das torres de salvamento, os guarda-vidas do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) estão sendo prejudicados no desempenho de suas funções. As barracas estão ocupando excessivamente a faixa de areia. O avanço reflete diretamente no trabalho dos guarda-vidas, que precisam manter a linha de visão e o espaço para ação.
 
A dificuldade dos profissionais não é apenas de visualização, mas também de acesso aos banhistas. As torres, com alturas desproporcionais, estão cercadas por mesas, cadeiras e guarda-sóis, sem contar com a implantação de novos coqueiros. “Além disso, as condições das torres de observação não são adequadas, já carentes de reforma”, ressaltou o comandante da 1ª seção de salvamentos do CBMCE, major Jectan Oliveira, em entrevista ao Diário do Nordeste. A irregularidade foi tema de matéria de capa do jornal na versão impressa.
 
A precariedade de alguns postos é marcada pela estrutura comprometida, teto desgastado e estacas de madeiras quebradas. Inclusive, em um dos pontos mais críticos, a torre é improvisada, construída com materiais reaproveitados e comprados pelos próprios guarda-vidas para se protegerem do sol. Vale salientar ainda que a forma estrutural das torres faz com que, ao descer, o agente perca contato visual com a vítima e atrase o resgate.
 
A Associação dos Profissionais da Segurança (APS) percebe a gravidade desta situação, não só para os profissionais como também para os banhistas. O atraso de um bombeiro, ocasionado por transtornos, numa situação de afogamento pode ser fatal, principalmente numa área conhecida como a Praia do Futuro. Aqui a culpa não é do profissional e sim daqueles que atrapalham a sua função e/ou não oferecem o amparo necessário.
 
Os profissionais fizeram até Registros de Ocorrências (ROs) solicitando o corte dos coqueiros para facilitar a visibilidade, mas o pedido foi ignorado. As providências precisam ser tomadas, principalmente porque essa problemática não é recente. Os responsáveis estão cientes, porém preferem fingir que não sabem. Portanto, a APS, em nome de seus representados, solicita as autoridades que tais problemas sejam solucionados, pois estes profissionais que merecem dignidade no exercício de suas funções.
 
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