Na última semana, um policial militar cearense, que estava de serviço, foi proibido de entrar em uma unidade hospitalar, em Fortaleza, por estar fardado e armado.  O mais estranho é que em várias unidades de saúde é comum a presença de policiais fardados e obviamente armados, sem nenhum tipo de restrição aos espaços. Como exemplo clássico temos os policiais que trabalham no Instituto Dr. José Frota (IJF), no Centro. Tendo uma média de 40 e às vezes até 60 policiais militares realizando escolta de presos e garantindo a segurança de todos no local.

A restrição aconteceu no Hospital Universitário Walter Cantídio, no Bairro Rodolfo Teófilo, unidade ligada a Universidade Federal do Ceará (UFC). O que questionamos sobre tal atitude da administração hospitalar pertencente à UFC é se o motivo da proibição é puramente legal, no sentido de cumprir alguma norma ou trata-se de mais um caso de discriminação ao agente policial militar?

O policial estava indo visitar a sua esposa que passa por uma gravidez de risco. Ele estava de serviço e foi autorizado pelo seu superior a fazer a visita, mas não pode estar ao lado dela em virtude dessa proibição na unidade. Em uma circular divulgada pela unidade hospitalar, a única e vazia justificativa informa que a determinação seria para “preservar a integridade dos profissionais e usuários dos hospitais universitários”. Percebe-se que tal norma interna do hospital conflita com o direito do policial militar de portar e usar a sua arma ostensivamente a serviço do estado. Lamentavelmente nota-se que a presença de um agente policial continua sendo vista como ameaça dentro do ambiente acadêmico da UFC. A legislação brasileira terá que se adequar as normas internas dessa instituição?

Esse tipo de ação é uma total falta de respeito com o profissional de segurança pública. O policial que deveria ser tratado como herói, pelo trabalho árduo que exerce na busca pela ordem e segurança da população, é tratado com diversas restrições e preconceito.

A Associação dos Profissionais da Segurança (APS) está à disposição do policial que passou por esse constrangimento, para que esse tipo de atitude não volte a acontecer nos hospitais do Ceará.