Capas de coletes novas e calças com fundos rasgados. A atual situação da Polícia Militar do Estado do Ceará, em relação à falta de fardamento adequado, é alarmante e revela um descaso por parte do governo. Há três anos, os policiais militares não recebem fardamento novo. Mesmo o governador anunciando um auxílio-fardamento anual de R$ 950 para todos os policiais e bombeiros militares, uma proposta que foi aprovada há alguns meses e que até o momento, esse auxílio não foi repassado, deixando os policiais à mercê de condições de trabalho inadequadas.

É inaceitável que os agentes da lei, responsáveis por garantir a segurança pública, sejam obrigados a trabalhar com fardamentos alterados, rasgados e em condições precárias. Esta situação compromete não só a imagem profissional dos policiais, mas também sua segurança e eficiência no cumprimento de suas funções.

O governo, que constantemente cobra desempenho e disciplina dos policiais, falha em proporcionar o mínimo de condições adequadas de trabalho. Essa falta de suporte básico demonstra um desrespeito não apenas aos profissionais da segurança pública, mas também à população, que depende de um serviço policial eficiente e bem equipado.

É imperativo que o governo cumpra suas promessas e providencie imediatamente o auxílio-fardamento anunciado, além de garantir uma distribuição regular de fardamento adequado. A cobrança deve ser mútua: enquanto se exige dedicação e excelência dos policiais, deve-se oferecer o suporte necessário para que eles desempenhem suas funções com dignidade e segurança. A valorização do policial militar começa com a provisão de condições mínimas de trabalho, e é dever do governo garantir isso.