A Associação dos Profissionais da Segurança Pública (APS) vem a público manifestar seu repúdio à postura parcial e descontextualizada de parte da imprensa cearense ao tratar do aumento de mortes por intervenção policial no Estado, no mesmo dia em que um policial foi brutalmente assassinado. É inaceitável que os veículos de comunicação ignorem o cenário caótico de segurança pública em que os policiais militares são obrigados a atuar com o risco da própria vida para proteger a sociedade.

A imprensa, ao destacar apenas o aumento de mortes por intervenção policial, ignora um contexto mais amplo que é a expansão do crime organizado no Ceará, marcada pela multiplicação de facções e o surgimento de grupos com origem local demonstrando um fenômeno de territorialização do crime organizado, que antes era dominado por grupos externos, como CV e PCC.

Ao enfatizar apenas o aumento de mortes por intervenção policial, parte da imprensa desconsidera o fato de que essas intervenções ocorrem em situações extremas, nas quais os agentes não têm outra escolha senão proteger suas vidas e a de terceiros. Ao adotar esse discurso enviesado, a mídia deslegitima o trabalho árduo de homens e mulheres que arriscam diariamente sua segurança para garantir a paz de uma sociedade sitiada pelo crime.

Exigimos mais responsabilidade por parte da imprensa cearense. É preciso relatar a verdade completa, contextualizando os números e evidenciando que os policiais são vítimas de uma guerra provocada pelo avanço do crime organizado. Não aceitaremos que a narrativa sensacionalista desrespeite a memória dos profissionais que perderam suas vidas em serviço, nem que contribua para desmoralizar a categoria perante a opinião pública.

Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e conclamamos a imprensa a cumprir seu papel de forma ética e imparcial.

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